segunda-feira, 26 de outubro de 2009

“Borboleta!...” por Anselmo Picardi

“Borboleta!...”

Borboleta!...
Foi uma...
Outra, e outra
Mais, mais outra
E se foram diversas
Bailando freneticamente
No ar...

“Minha Borboleta” por Anselmo Picardi

“Minha Borboleta”

Levada pelo encanto da tua beleza,
Única entre flores e jardins...
Irmanada dos ventos da pureza,
Se destaca na leveza entre jasmins...
Alma que Encanta, és minha Borboleta!
Partindo com os sonhos meus, teus!
Enfim!... Tudo de meu ela levou...
Tantos sonhos, tantos sonhos que voou.
Isso... Somente agora os sentimentos meus!
Teus, esplendorosa Borboleta entoou...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"Borboleta anunciada" por Anselmo Picardi

"Borboleta anunciada"

Ao entrar em teu bosque encantado
Deixei atrás desilusões e tristezas,
Adentrando por sonhos e por certezas
De no mundo do amado ter entrado.

Vejo-me de início todo transformado
No sublime amor dessas belezas
Que coabitam a morada do amado.
Presentes os gnomos em suas riquezas

Anunciavam o amor, então revelado;
Formando em coro era então cantada
Uma música jamais vista desse lado,

Anunciando a chegada de minha amada
Vejo anjos que ti louvam nesse fado,
Rainha dos bosques, Borboleta anunciada.

"Admirá-la seja minha sapiência" por Anselmo Picardi

"Admirá-la seja minha sapiência"

Linda, monumental raiou em minha vida!
Querendo vê-la apenas mulher, deparei
Com a vida que a todo o homem convida;
Ao amor de uma Deusa sempre estarei

Louvando aos altos, meu canto entoarei.
Darei, suprema musa, por toda nossa ida
As graças por tê-la Borboleta embevecida.
São as cores, o bailar no ar; tudo amarei

Na divindade de em meus olhos concebê-la,
No sagrado momento em que pude eu vê-la
Artista Divinal, nas marcas que mostrarei

Em pétalas de rosas sempre ti encontrei.
Se em jardins, do néctar pautou tua existência
Nessa terra, admirá-la seja minha sapiência.

"Vivo por esse amor" por Anselmo Picardi

"Vivo por esse amor"

Pensando nas belezas desse mundo
Apresentadas na folhagem emoldurada
Com as cores do arco-íris ao fundo,
Contemplo ao longe minha doce amada.

Tão frágil, em beleza somente dada
Na busca do alimento de seu pequeno
Corpo, sem ferrão e sem mesmo veneno,
Aos céus a sua defesa é reclamada.

Nas alturas sua realeza é venerada
Por anjos e fadas, em cantos de louvor
Sua divindade aos Deuses é aclamada.

Se é dessa admiração sobressaltada
Que anuncio minha adorada com fervor,
Minha Borboleta, vivo por esse amor.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

"Fídias na arte universal" – por Anselmo Picardi

Fídias mostrando o Friso do Partenon aos amigos por Sir Lawrence Alma-Tadema.

Fídias, sua arte e a sua filosofia

A escultura filosófica nasce com a liberdade e morre por ela. Somente dentro do universo da liberdade o homem animará a lei, constituirá a sua ciência e a vida de sua emoção encontrará em seu espírito o auge do movimento contínuo que o liga ao conjunto de todas as coisas. Fídias olhou para a vida com simplicidade.

E o que da vida pôde ver desenvolveu nele uma inteligência tão lúcida das relações que produzem no artista, sua unidade e sua continuidade que os espíritos generalizados puderam extrair de seu trabalho os elementos do método de que resultou o mundo moderno.

Fídias encontrou em Anaxágoras, em suas preleções, as relações misteriosas que dão vida às idéias. E nessa materialização formou Sócrates e Platão na mais humana, na mais verídica das linguagens. A ciência escultórica que não compete copiar as formas, e sim estabelecer os planos que revelam a lei estrutural profunda de suas condições, aonde se encontra constituída.

Na arte de Fídias tudo se relaciona. A evolução plástica e a evolução moral ascendem num mesmo e puro fluxo: “Se damos aos Deuses a forma humana é por desconhecermos forma mais perfeita”.



Fídias (Atenas, c. 490 – Olímpia ?, c. 430) foi um célebre escultor da Grécia Antiga, cuja biografia é cheia de lacunas e incertezas. O que se tem como certo é que ele foi o autor de duas das mais famosas estátuas da Antiguidade, a Athena Parthenos e o Zeus Olympeios, e que sob a proteção de Péricles, encarregou-se da supervisão de um vasto programa construtivo em Atenas, concentrado na reedificação da Acrópole, devastada pelos persas em 480 a.C.
Nenhuma de suas obras originais sobreviveu até o presente, salvo os grupos escultóricos do Partenon, mas não se sabe em que extensão ele participou pessoalmente na execução final.


Anaxágoras de Clazómenas (Lãmpsaco, 428 a.C), filósofo grego do período pré-socrático. Nascido em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do pensamento filosófico e científico que era desenvolvido nas cidades gregas da Ásia. Era protegido de Péricles que também era seu discípulo. Em 431 a.C. foi acusado de impiedade e partiu para Lâmpsaco, uma colônia de Mileto, também na Jônia, e lá fundou uma nova escola.
Escreveu um tratado aparentemente pequeno intitulado Sobre a natureza, em que tentava conciliar a existência do múltiplo frente à crítica de Parmênides e sua escola, conhecida como "Eleatas". Parmênides havia concebido o ser como o princípio absoluto de tudo o que é, identificando o ser com o Uno imutável.



segunda-feira, 29 de junho de 2009

“Pássaros louvam São Paulo” por Anselmo Picardi


“Pássaros louvam São Paulo”

A São Paulo que trago em louvor
É um encanto de beleza e raridade,
Uma natureza exuberante em amor
Constata aves raras em nossa cidade.

São pássaros, os mais diversos
Habitando entre os homens...
Fazendo desse meu canto, versos
Acanhados diante a beleza que tens

O som melodioso da passarinhada.
Na sua silenciosa madrugada
A metrópole apresenta o que deténs

Através do gorjear dessa ninhada,
O despertar do homem à caminhada
Junto ao natural e Divino que conténs.

São Paulo, 25 de janeiro de 2007 - Casa das Rosas