quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Luís Inácio Lula da Silva" por Anselmo Picardi





Luís Inácio Lula da Silva: "O metalúrgico que virou presidente e o presidente que ficou milionário"



Foto: Anselmo Picardi

"Tancredo Neves" por Anselmo Picardi



Tancredo Neves eleito presidente do Brasil pelo Colégio Eleitoral : "Não vamos pagar a divida externa com a fome de nosso povo"

(Tancredo não assume a sua presidência)

Foto: Anselmo Picardi

"Jânio Quadros" por Anselmo Picardi


"Jânio da Silva Quadros se diverte no Guarujá"
Foto: Anselmo Picardi

"Desilusão" por Anselmo Picardi

"Desilusão"

Vítima da calúnia e da maldade,
Carrego a síndrome da desilusão
Diante da hipócrita humanidade.
Se o amor partiu de minha visão

Foi por tristeza, desde a idade
De criança por maldita exclusão.
Se da arte fiz ofício na verdade,
Nunca tive direito à profissão.

Quero a guerra e toda maldição
À covardia, que semeiam inverdade
No afã de perpetuar a escravidão.

Escravo nunca fui, vejo a morte
Diante toda desumana podridão,
Na espada coloco minha sorte.

"Elegia eleitoral" por Anselmo Picardi

"Elegia eleitoral"

Vendo os presidentes aqui postos
No Brasil, pelo capital são eleitos,
Ao bom governo são todos opostos;
Demagogos, não apresentam feitos.

Grandes na enganação e mentira
Pelo cartel visam matar os méritos
Do homem, que nem mesmo Deus tira
Do artífice o talento e seus encantos.

Corruptos, embusteiros da solércia
Global e televisiva, caminham na gana
De levar todo o nosso povo à inércia

No eversivo intento que domina
Pelo voto! Mas, que excrescência,
Obrigatório! A liberdade abomina.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conversa com o meu médico (Crônicas escolhidas) por Anselmo Picardi

Conversa com o meu médico (Crônicas escolhidas)

("A química é a cozinha da medicina, e essa a
ciência dos assassinos"– Napoleão Bonaparte)


Por um mundo melhor partimos do princípio como na Atenas de Péricles, o Reformador Grego, onde os remédios e os ensinamentos direcionavam para a união do homem com o seu mundo
natural. O que você come é o seu remédio. Pois encontramos na natureza todos os princípios medicinais.

O que temos, hoje, são tratados alimentares estabelecidos e nos transmitidos por Pitágoras, visando à plenitude física e mental do homem. Também temos estudos elaborados por Mahatma Gandhi, estes de menor profundidade, quanto ao que é natural ao Homem.

E não posso deixar de alertar para a necessidade de uma Organização Social Humana e Justa. Onde o Homem seja o valor maior dentro da construção moral de um mundo melhor para os nossos filhos. Partindo do respeito à integridade física e espiritual do mesmo.

Como, nos transmitiu o bárbaro e insano, Cambises, filho de Ciro da Persia, no tratamento humano que dava aos seus prisioneiros.

Pois bem, sabemos que temos grupos e corporações que atuam na desumana exploração do homem, assim o foi na Atenas de Péricles. Uma sociedade que, nos ensinamentos de Pitágoras, eliminou as doenças e a miséria. Veio à guerra de Peloponeso e conta-nos Tucídides, o historiador, que as águas públicas foram envenenadas pela classe médica, com o contemporâneo Hipócrates como líder. O que vitimou dois terços de Atenas, dentre eles, Péricles e o grande escultor, Fídias.

Ora, meu caro doutor, precisamos mais que de remédios: é de uma verdadeira e profunda mudança das mentalidades para a construção de um homem melhor.

Bibliografia:

"A guerra de Poloponeso" – Tucídides

"As Doenças através dos séculos" – Antonio de Almeida Prado – Editora Anhambi – 1961

"A Doença de Aleijadinho" – Prof. Alípio Correia Neto – Editora Mestre Jou – 1965

"Napoleão Bonaparte" – Emil Ludwig

"Memórias" – Madame de Stael

"11 de setembro de 2001" por Anselmo Picardi







(Foto: Anselmo Picardi)





"11 de setembro de 2001"

Oração ao Satanás!...
Libertadores...
Hipócritas!
Pregam a liberdade
E só praticam a escravidão.

Não passam de assassinos dos tempos modernos,
Na vil e desumana incorporação do Satanás!...
Sua política, rasteira e conveniente, uma hora,
Fazendo ditaduras e mortos; outra hora, matando por um rei!...

Tu!... Que a Divindade Humana,
Em sua inteira e pura manifestação,
Há de parar e humilhar em sua pequenez.

Não passa de uma águia que falta pena,
Nos escombros de sua ganância só se assiste dor.
São as dores dos famintos, dos mutilados,
Dos cancerosos, que a revelação do seu ódio por tudo e por todos
Faz do desrespeito e da agressão,
Os mártires de nosso tempo.

Liberdade - seja a condição última do homem,
Ao destronar a arrogância e todo o tipo de opressão.
Israel - de terra prometida derrama em sangue!

E Tu! Besta!... Desumana e covarde,
Entenda os princípios da fi lantropia,
Onde reina o Homem e seus valores milenares.

Cavaleiro do norte, Cavaleiro da Morte,
Teu castigo é o inferno em suas entranhas.
Dos profetas à anunciação.

As nações e o Governo da Moral (Crônicas escolhidas) por Anselmo Picardi

As nações e o Governo da Moral (Crônicas escolhidas)

A tomada do antigo império Egípcio por Cambises(o Persa), filho de Ciro, foi-nos passado como um ato de barbárie e horror pelos historiadores. Não respeitando a história de um povo milenar
e seus monumentos, cultura, arte e religião.

Mas este homem bárbaro e insano, que era o filho de Círo, uma vez feito um prisioneiro o tratava com toda a dignidade e respeito humano. Isso, um princípio estabelecido e nos transmitido 500 anos a.C. De acordo com relatos de um de seus prisioneiros, nada menos do que o fi lósofo Pitágoras, que se encontrava entre os sacerdotes egípcios feitos prisioneiros na Babilônia. Que, posteriormente, legou ao mundo os fundamentos da matemática.

Como, também,fundou a Escola de Samos, formadora dos grandes sábios da Antiguidade Ocidental: Péricles – o Reformador Grego; Sócrates – o filósofo; Platão – o historiador da Antiga
Atlântida; Fídias – o escultor, Herôdotos – o pai da história; Tucídides – o historiador da guerra de Peloponeso, entre muitos outros estudantes da Escola de Samos.

Não podemos deixar de mencionar a importância que Pitágoras dava à formação das mulheres, que tinham uma total deferência por parte do mestre. Faço esse pequeno relato histórico para que tenhamos uma noção do quanto temos visto, entristecidos, a regressão humana à idade da escuridão por esses bárbaros da norte América.

Em sua ganância desmedida querem ignorar toda a construção do espírito Humano, ao impor ao mundo todo o tipo de crimes e horrores.

Diga não à Barbárie!!!
Liberdade...

Só!... Inteiramente só!...
No encanto do instante...
Ao imaginar-te em amor;
Abraçar-te o corpo;
Beijar-te os seios...
Imaginação constante...
Só!... Inteiramente só!...

Ao esperar-te em sonhos, Deusa!...
Elevo-te aos píncaros da esperança...
Mulher!... Monumento!... Esplendor;
Guardar-te-ei, óh pássaro, em lembrança!
Na solidão eterna dos meus dias, o ser apenas,
A cada instante, constantemente só!...
Há seguir-te, o alçar do vôo... Águia!...
Que nas alturas minha vista alcance-a,
No delírio, possa eu, imaginar-me em penas,
A agasalhar-te o corpo, enlevar-te em vôo...

Liberdade – seja o grito das alturas!...
Que ouça Deus, do povo este clamor!...
Só!... Inteiramente só!...

Liberdade...

"No templo da maturidade" por Anselmo Picardi

"No templo da maturidade"

Acordo diante uma crua realidade
No tempo de minha maturidade,
Onde o corpo clama por cuidados
Em exercícios e saúde irmanados.

Se da juventude só resta saudade
Dos lindos dias pelo tempo levados...
Na virtude, os lindos e tão amados
Frutos colhidos nessa minha idade.

Trilhando os ensinamentos dados
Pelo conhecimento dos antigos
Pitagóricos – saudáveis amigos –

Pelo bem, todo o saber louvados
Na ciência da Natureza Divina,
Onde a plenitude da vida domina.

"A luta é o louro dos bravos" por Anselmo Picardi

"A luta é o louro dos bravos!"

(Em prezada memória
Viverá para sempre, eternamente,
Harmódio, a tua glória,
E a tua Aristógiton valente,
Que o tirano matastes
E à liberta cidade
O usurpado direito restaurastes
Da primeira igualdade." Alceu - poeta
grego do século VII- a.C. -Em
"O poeta e a espada")


Em Harmódio a espada foi honrada
Libertando Atenas para ver restaurada
Na igualdade, em sua humana glória;
Ainda caído, há antiga luta deu vitória.

Veio a igualdade primeira reclamada
Daquela antiga liberdade preservada
Pelos varões da fé, de Apolo a poesia,
Pensadores na pura e abstrata fantasia

Da antiga cultura, em toda sua analogia,
Surgia a humana natureza que se elegia
Livre; uma nova manifestação se urdia

Nos belos frutos em que Pomona irradia
Pelos bravos, amados, dada a nostalgia
- Nossos valentes livres ainda que tardia.

Notas:

"Apolo" – Deus grego da luz e do sol que entre os romanos era evocado com o mesmo
nome. Era também o Deus da Música e dos Arqueiros. Protetor dos poetas;

"Pomona" – Deusa romana da frutifi cação das árvores e dos frutos. Usava uma coroa de
frutos e era casada com Vertumno.

"Liberdade adornada por iguais" por Anselmo Picardi

"Liberdade adornada por iguais"

("Eu coroarei de mirto a minha espada,
Como a de Harmódio honrada,
E como a de Aristógiton o forte,
Quando o sevo tirano deram morte,
E Atenas libertada
Foi a igualdade antiga restaurada."
Alceu - poeta grego do século VII- a.C. -
Em "O poeta e a espada")


Nos últimos tempos debruçado estou
Sobre o que alimenta esse meu amor
Pela vida, que em canto épico entoou
Todo o sonho de Liberdade em clamor.

Se em musas alimento todo o destemor
Pelos caminhos em toda essa jornada,
Na incansável busca por minha amada
Entoarei o canto que anula o desamor;

Coroando a vida em Liberdade adornada
Por iguais, onde um dia fôra anunciada.
É dos tempos saudosa e comum cantiga,

Vigor da batalha e sonhos, minha amiga,
Entoa a chegada da Liberdade aclamada
Nas idades, pelo Amor a luta mais antiga.


Notas:

"Alceu" – poeta grego do século VII a.C. Um dos maiores poetas líricos na história da poesia universal, natural de Mitilene, ilha de Lesbos. Foi contemporâneo e admirador de Safo.

"Tributo à Safo II" por Anselmo Picardi

"Tributo à Safo II"

Lírica, libertária, humana
Na poesia que da mulher emana
Todo o sonho de liberdade em fl or;
Safo, tudo sofreu do detrator.

Hercúleo mundo tratou-lhe fera
Por sonhar pela mulher a primeira
Revolução por justiça social e amor.
Maldita em seu tempo e até queira

Entender o Papa queimar-lhe a obra
No desespero diante o que sobra
Do canto pela liberdade de amar.

Demolidora dos férreos preconceitos,
A sua lira permanece por clamar
Da mulher a liberdade em conceitos.

Notas:

"Papa" – Tendo toda a obra de Safo sido queimada, em Roma, sob o pontificado do papa Gregório XII, em 1073.

"Tributo à Safo" por Anselmo Picardi

Safo, em quadro de Charles-August Mengin











"Tributo à Safo"

Vênus, Divina que se fez mulher
Trazendo a lira das guerreiras
Amazonas, libertária como queiras,
Safo; o tempo veio ao lhe acolher

Eterna no reino de Hipólita.
Da ilha de Lesbos das gregas orgias,
Única que em ode altares irradias
Todo amor que da poesia transporta

O espírito lírico que comporta
Do século VII a. C. aos nossos dias.
Pagando seus tributos às calúnias,

Ao despeito e a inveja, importa
Que em Safo o altar da paixão
Reina na mulher toda a emoção.

Notas:

"Safo" – a maior poetisa lírica da Antigüidade é, provavelmente, também a primeira mulher a fazer poesia importante na história da cultura ocidental. Nasceu na ilha grega de Lesbos, por volta do ano de 612 a.C.; Dentre os gregos que lhe foram contemporâneos e pósteros, Safo era considerada uma dos chamados "Nove Poetas Líricos" (os outros eram: Álcman, Alceu, Estesicoro, Ibico, Anacreonte, Simonides, Píndaro e Baquilides). Estrabão escrevera que "Safo era maravilhosa pois em todos os tempos que temos conhecimento não sei de outra mulher que a ela se tenha comparado, ainda que de leve, em matéria de talento poético."

"Amazonas" – mulheres guerreiras, habitantes da ilha de Lesbos;

"Hipólita" – rainha das amazonas;

"Lesbos" – pequena ilha grega que tem como capital Mitilene.


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Ela, mãe, avó, Maria Picardi" por Anselmo Picardi

"Ela, mãe, avó, Maria Picardi"

De Minas trago a amável lembrança
Dos lindos tempos de minha infância,
Alegre e festiva, em sua abundância,
Nos sorrisos de Maria Picardi avança

Do passado minha humana confiança
Na matriarca encarnada na elegância
De mãe, em toda a sua doce flagrância,
Marcou para sempre o meu ser criança.

Em tradição, seus belos ensinamentos
Apresentam-se trazendo meus momentos
Felizes na formação da divina crença:

Ela, avó, mãe, partistes entre amigos,
Em Deus – pela cosmogonia dos antigos
Reina na alma universal a esperança.

"A Ninfa que partiu no invólucro da noite..." por Anselmo Picardi

"A Ninfa que partiu no invólucro da noite..."

As horas que passam em cândida ternura
Nessa vida, traspassam tudo o que perdura
Na saudade da Ninfa em noite enluarada.
Minha alma inebriada ficou transformada

Diante a suprema beleza naquela juventude
Constatada; eterno colírio, aos olhos atitude
Nessa minha busca pela bela contemplada
Em constelações vinda, Híades premiada.

A brandura das horas nessa doce espera
Alimenta essa procura naquilo que supera
O vazio deixado na noite daquela ausência;

Ambrosia alimentando sonhos na essência
Da mocidade o nostálgico brilho impera
Em lembrança, Niseias em eterna flagrância.


Notas:

"Ninfas Niseias" – As Ninfas que criaram o Deus Dioniso e por causa do ciúme de Hera, esposa desse Deus(Dioniso), Júpiter as transformou no constelação de Híades, como forma de protege-las da esposa ciumenta.

"Ambrosia" – Delicioso alimento que, em estado sólido, líquido ou pastoso, punha-se à mesa dos Deuses, assim como o néctar, balsâmico licor que era bebido por eles e todos os seus convivas para deleite de todos. Por meio da ingestão do néctar e da ambrosia preservava-se a vida, estimulavam-se os sentidos, mantinha-se a juventude.

"O triúnfo de Galatéia" por Anselmo Picardi

"O triúnfo de Galatéia"

("Era Ácis transformado em rio,
e o rio conservou-lhe o nome" - Ovídio)

Das filhas de Nereu destacou-se Galatéia.
A mais bela das Nereidas. Tritões e amores
Fazem-lhe cortejo formando uma platéia
– "Triunfante Galatéia"! Polifemo, em dores...

Se somente buscas em Ácis os seus louvores,
És mais branca que um belo lírio, meu colírio
Mais brilhante que o cristal lavado nesse rio
Dos flancos do Etna, partindo para os mares...

Alimenta, nesse sonho, como sol de inverno
Acaricia minha existência nesse prazer eterno
Por esperá-la sobre conchas, à luz de seus luares...

Se teus olhos predizem um futuro doce e terno
No conduzir minh’alma à ilha afortunada,
Em lira, a cista mística, a âncora anunciada.

Notas:

"Ovídio" – Publius Ovidius Naso (20/03/43 a.C. — Tomis, 18) foi um poeta latino, conhecido nos países de língua portuguesa por Ovídio. Sua obra mais famosa: Metamorfoses (Metamorphoses), escrita em hexâmetro dactílico, métrica comum aos poemas épicos de Homero e Virgílio. Faleceu no ano 17 em Tomis, atual Constança, na Romênia.

"Nereu" – Personificação do mar Egeu, é pai das Nereidas"

"Nereidas" – As que vemos figurar no cortejo de Netuno e que possuem, como Ele, o dom de predizer o futuro. A sua missão é conduzir as almas às ilhas Afortunadas. E por essa razão que as vemos em baixos- relevos que decoram os sarcófagos."

"Ácis" – Filho de um fauno habitante da Sicília, o preferido de Galatéia. Foi morto por Polifemo quando encontrado com a Ninfa.

"Polifemo e Galatéia" por Anselmo Picardi

"Polifemo e Galatéia"

Sonhei, sonhei por esse amor impossível
E por sua beleza continuei por cantar!
Galatéia, a Ninfa que veio para encantar!
Trago na flauta o som que faço incrível

Ressoar nas graciosas plagas desses mares,
Acariciando seus ouvidos, seus luares...
O belo canto a celebrar-te em noite sombria,
Enquanto o oboé minhas dores encobria

Pela bela música desses cantares.
Entrego-te minha existência inteira,
Meu único olho, óh Nereida sorrateira,

Por que se negas ao meu amor? Em altares
Elevei-te moradia, lanço-te do Etna a ira
Nesse olhar medonho, a vida se retira.


Notas:
"Galatéia" – Ninfa que é a mais bela das Nereidas. Quando Ela voga sobre as ondas, os Tritões e os Amores lhe fazem cortejo: é o que se chama triunfo de Galatéia. Puxada por delfi ns que o Amor dirige, parece roçar apenas a superfície das águas trângüilas."

"Polifemo" – Filho de Netuno inspirado por uma violenta paixão por Galatéia. Ciclope de formas horrendas, Polifemo queixava: ‘Ó formosa Galatéia! Por que foges de mim? Sei, ó mais bela das ninfas, sei porque foges de mim; é porque espessas sobrancelhas, sombreando a minha testa, se prolongam de uma orelha a outra; é porque só tenho um olho, e o meu nariz alargado desce até os lábios...’ (Teócrito)
Uma fábula cantada por Homero em sua "Odisseia", como, também, pelos poetas Ovídio e Teócrito e muitos outros ao longo das idades.

"A dor do amor" por Anselmo Picardi

"A dor do amor"

Essa dor que maltrata meu coração
Faz-me louco, amante a tua espera
Na entoada de mais uma canção,
No louvar Vênus que tudo supera;

A tristeza d’alma minha emoção
Faz ver-te entre estrelas cintilantes,
A brilhar em céus que jamais antes
Luziu o amor que trago em louvação.

Vivo da vida a lembrança, amiga,
Dos nossos dias felizes e contentes
Que se foram, e choro em cantiga

A dor calada dessa tua ausência,
Na esperança do superar essa intriga
Que levou-me dos braços tua essência.


Nota:
"Vênus" - é a deusa do panteão (ou pantheon) romano, equivalente a Afrodite no
panteão grego. É a deusa do Amor e da beleza.

"O amor virou canção" por Anselmo Picardi

"O amor virou canção"

Venha, amada, o amor te chama
Ao prazer adorável desse encontro,
Os sentimentos meus por ti clama.
Lábios aos lábios, seja você o centro

Das atenções daquele que ti ama.
Não fujas desse amor, ó minha amada,
Levada por aqueles que em trama
Querem fazer desse amor um nada.

Ouça a voz desse sentimento, da alma
Pela tua beleza e amor transformada,
Na adversidade da distância pede calma,

Nada no mundo faz calar esse coração
Que por esse amor os males espalma
Em nota musical – O amor virou canção.

"Enamorados" por Anselmo Picardi

"Enamorados"

Nesse dia especial para enamorados
Eu busco fragmentos, em lembrança,
Dos momentos amorosos somados
Ao calor que acende essa esperança

Por revê-la junto aos meus abraços.
Em meus olhos fi guram os seus traços
De mulher escultural em sua beleza,
Desde o dia que, em toda doce leveza,

Propôs para esse nosso amor os laços
Da ternura, da amizade e da natureza
Dos eternos amantes, em sua nobreza.

Choro, e choro no desespero a cantiga
Por tê-la deixado partir, minha amiga,
Deixando-me na solidão e na incerteza.