segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

“A espada e o poeta” por Alceu

"A espada e o poeta”

Por Alceu (Tradução de Garret)

Eu coroarei de mirto a minha espada,
Como a de Harmódio honrada,
E como a de Aristógiton, o forte,
Quanto ao sevo tirano deram morte,
E Atenas libertada
Foi à igualdade antiga restaurada.

Tu não morreste, Harmódio, oh não!
Tu gozas Nessas ilhas ditosas
Serena vida cos heróis que aí moram
E onde, cremos, demoram
Diomedes, o valente,
E Aquiles, o veloz, eternamente.

De mirto a minha espada
Trarei como Aristógiton c'roada
E com Harmódio, o forte,
Que vingança a reserva,
Quando, nos sacrifícios de minerva,
Ao tirano Hiparto deram morte.

Em prezada memória
Viverá para sempre, eternamente,
Harmódio a tua glória,
E a tua, Aristogiton valente,
Que o tirano matastes
E à liberta cidade
O usurpado direito restaurastes
Da primeira liberdade.

(Alceu – poeta e político grego do século VII a. C. Nasceu em Mitilene, ilha de Lesbos, é considerado um dos maiores poetas líricos da história da humanidade, foi contemporâneo de Safo e como a décima musa conheceu o exílio)

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